domingo, 30 de outubro de 2011

Construção abandonada

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Desde pequeno, criança, ainda cheio de medos da vida,
identifiquei condutas diferentes daquelas a mim ensinadas,
Algumas delas, usei, e para mim não geraram uma única
ferida,
outras, porém, doeram de imediato assim que foram usadas.
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Condutas novas por mim criadas ultrapassaram as aprendidas,
pois desenvolvi observações que aqueles que me ensinaram,
nem sequer perceberam ou na alegria do outro identificaram.
Essas novas condutas, em toda parte foram sempre aplaudidas.
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Condutas outras, que pareciam terem sido por mim assimiladas
passaram ao longe de minhas corriqueiras preocupações e
percepções.
Taí, parecia até que o vento a ventar levou para longe as
observações,
os olhares de reprovações e até lágrimas que por mim, foram
roladas.
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Durante a infância e adolescência, não chegamos a viver na
penúria,
condutas de poucos gastos, divisão de tudo entre todos, uma
maravilha!
Todos cresceram, todos, com essa conduta dividiram até grãos
de ervilha.
O medo é que eu tenha dessa conduta esquecido e haja agora
com luxúria.
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E agora que as minhas condutas são observadas pelos mais
próximos  de meu
coração,

Como fazer para que apenas , as condutas mais puras possam
ser por elas copiadas?
Deverei em minha vida ter cada uma dessas condutas em
constante reconstrução?
Estou perdido, olho o futuro dos meus amados,vejo-os com
condutas  despreparadas!

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Paulo Chagas
13/10/2011
29/10/2011

4 comentários:

Carlinha AS disse...

Esse é o meu sogro! Sempre enigmático!

Pacha disse...

Esse é o meu filho, sem falar, disse.

Rodrigo disse...

Óptimo texto! Parabéns ao Sr. Chagas!

Marly Chagas disse...

Eu li, e vivi cada palavra, cada lembrança. Só nos resta confiar no livre arbítrio de cada um de nós, e viver, viver entendendo os recados da vida. Obrigada, Paixão, por tão importantes palavras.