terça-feira, 18 de outubro de 2011

Aquela coisa de emoção...

Sorrimos, choramos, preocupamos, amamos, odiamos, invejamos, gostamos, admiramos... Tudo o que sentimos contribui para o nosso estado de espírito do momento. Uma noite mal dormida pode determinar um dia inteiro de mau humor, mesmo acontecendo coisas boas que teoricamente poderiam mudar isso. E quando não tem motivo? Por que de um segundo para o outro podemos simplesmente sorrir quando estamos tristes?

Sou portador de uma pequena peculiaridade na minha personalidade que é uma pequena bipolaridade. Eu na maior parte do tempo tenho o controle das minhas emoções, porém fique atento se um dia perceber que estou com uma cara de quem perdeu uma nota de um milhão de reais na rua ou que estou em uma euforia de quem achou a nota.

Para me deixar eufórico não precisa de motivo. Basta estar. Começo a mexer com todo mundo, fazer idiotices, palhaçadas, brincar com as crianças. Sou o homem mais feliz do mundo sem ter razão e isso é muito perigoso. Quando em uma situação como essa sou como um equilibrista que não tem uma rede de segurança. Qualquer passo em falso ou vento mais forte eu caio. E dói!

Quando eu percebo algo para estragar minha euforia fico muito triste, com cara de nervoso e não consigo pensar direito. Quanto mais pessoas me perguntam o que aconteceu menos eu consigo pensar no que realmente aconteceu. Sempre tem um motivo, mas como a euforia é tanta eu demoro a perceber o motivo que me deixou cabisbaixo daquele jeito. Parece paradoxo não? Pois não é! Nossa percepção está sempre trabalhando mesmo quando não estamos a ordenando para o trabalho. Quando eu desequilibro é difícil, muito difícil. Preciso me isolar de tudo e de todos, de preferência no escuro, me acalmar, rezar e pensar! O pensamento parece uma coisa à toa, mas como é que a gente voa quando começa a pensar? Eu penso, chego à causa da tristeza e rio. Sim! Começo a rir sozinho dessa minha condição. A total falta de entendimento do motivo pelo qual essa mudança tão brusca acontece me faz achar graça de como posso ser tão vulnerável! Logo depois de rir ou volto a estar eufórico ou simplesmente volto a ser eu mesmo. Acontecem na base do meio a meio.

Também acontece de já acordar totalmente contra o sistema e não ter vontade de fazer absolutamente nada. Bem, não é bem vontade... No fundo eu tenho vontade de fazer as coisas, principalmente as que eu sei que me farão bem de alguma forma, mas fica aquela força dentro de mim me fazendo ficar parado. Como se fosse um peso em cima do papel. O vento está soprando e o papel quer voar, mas o peso não deixa. Nesses dias é como se estivesse um vulcão para estourar dentro de mim. Lidar com essa emoção é muito complicado, até porque eu não faço ideia do motivo pelo qual acordei assim. Foco em Deus! Tento achar motivação na minha mente confusa para fazer uma prece, me acalmar e pedir ajuda, mas nem sempre eu consigo. Nessas horas corro para dois colos essenciais para mim. Minha mãe e minha esposa. Com elas me fazendo um carinho tudo fica mais fácil.



Essa postagem foi meio diferente de tudo que já fiz aqui. Não sei explicar o motivo. Essas coisas de emoção sabe? 

9 comentários:

Bernardes disse...

Vc teve uma epifania camarada?

Tito disse...

Muito bom o texto.
Com as particulares intensidades, isso acontece comigo frequentemente.

O importante e, de alguma forma, nao se deixar fechar pela tristeza/incomodo/afins que se instalam e aproveitar os sopros de alegria infinita
Bjo no coracao!

Carlinha AS disse...

E a esposa aqui sempre de braços abertos e colo quentinho!!! E uma cabeça que tem que acompanhar as oscilações do meu marido! Cada mergulho é um flash!!! hahahha
Te amo meu bipolar!!!

Priscila disse...

que lindo, adorei mil vezes, parabens Bruno. beijos Priscila

Rodrigo disse...

muito bom simoso!
acho que todo homem tem seus momentos assim, mas com sintomas e intensidades diferentes. é a famosa tpm, rsrs. só q em versão masculina =D

Marcele Teixeira disse...

adorei o texto Bruno .. muito bom ! meus parabéns .. beijos :)

Gabriel Creeper disse...

Isso as vezes também acontece comigo.

Marly Chagas disse...

A grande viagem em nosso interior.
Feliz daquele que consegue fazer de maneira tão completa.
Perceber, analisar e lutar, buscando o entendimento da vida, e do que eu represento nessa grande confusão, vida.
Só passei 10 anos (aproximadamente) buscando essa análise. Hoje, vivo melhor, mas, ainda passo esses momentos.
Você já está vencendo! És um dos meus heróis! Te amo.

Aline Rosset disse...

Hmmmm... sei não hein... Tem certeza?