terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Falta do Risco

Quando você vai na casa de alguma tia ou da sua avó para apresentar seu novo namorado(a), inevitavelmente ela vai mostrar fotos para ele. Isso é inevitável! Mas até que ano essas fotos vão? Já repararam que chega uma época em que não existem mais álbuns de fotos impressas (ou reveladas, como antigamente)?

Quantos momentos constrangedores não existirão mais para as gerações futuras, ou alguém acha mesmo que o adolescente de 2023 vai mostrar aquela foto dele com sete anos, pintado de índio e totalmente pelado no quintal da casa da avó? Se bem que acho difícil que essas coisas ainda aconteçam, essas crianças de hoje em dia não sabem nem brincar de queimado!

E o que dizer das fotos da época que não existia o photoshop? Quantas e quantas vezes você teve que aturar seu novo amor vendo aquelas fotos em que você saiu com a cara toda esquisita, com um olho menor que o outro, acabando de acordar, com cara de doente, com uma espinha imensa no meio do nariz... Entre tantas outras, coisas que hoje ou você apaga logo depois que bate a foto ou então melhora em um minucioso (ou não) trabalho em um programa de retoques.

É lógico que acho as máquinas digitais algo espetacular, porém acho que acaba com algo que eu sinto muita falta: o risco. Essa coisa de não queimar a foto, de você apagar a foto se alguém passou na frente, tem vezes que acho tudo um saco! Li uma reportagem de uma loja que só vende máquinas analógicas modernas e fiquei fascinado por ter uma. Infelizmente não guardei a reportagem (devia estar num consultório ou algo assim), mas vou pesquisar e se achar coloco informações aqui.





Finalizo com o que vocês já devem ter notado, estou doido para comprar uma câmera analógica. Pra quê? Oras, pra mostrar para meus genros e noras fotos dos meus filhos pelados aos sete anos, com espinha na cara, acabando de acordar, com a boca suja de macarrão ...