sábado, 2 de julho de 2011

RÁ TIM BUM!

"Pronto, chegamos!" Essa é a senha para que as crianças saiam correndo na frente e comecem a explorar o mundo de possibilidades que existem nesses salões de festas especializados em festas infantis. Seu filho de onze anos acha chato ter que ir em uma festinha de um bebê de um ano? Não desanime, lá tem tem Guitar Hero e até jogo que capta o movimento do corpo do guri na tela. Crianças de todas as idades se divertem com as piscinas de bolinhas, máquinas de dança, mini roda gigante, carrossel, até tirolesa infantil! Além, é claro, dos animadores que tentam a todo custo ser engraçados e interessantes, na maioria das vezes não conseguindo nem mesmo atingir as crianças.


Fui numa festinha de um ano hoje e meu sobrinho saiu de lá tendo conhecido apenas um menino, e mesmo assim saiu sem nem saber o nome dele. Elas se divertem na maioria das vezes interagindo com uma máquina, exceto as crianças que ainda preferem ficar na piscina de bolinhas, mas essas geralmente não sabem nem falar ainda. Você, caro leitor, lembra com detalhes como eram as suas festas de aniversário?


As minhas eram festas muito legais. Apesar de não ter tido festa de 1 ano por ser um neném não lá muito simpático, as festas das crianças da minha família tinham como característica a união familiar. Tenho muitos primos e as tias se ajudavam muito nessa hora. Uma fazia o bolo, outra os salgados, outra os doces, outra cuidava da decoração... E assim a festa saía muito bem. Meu aniversário de dois anos foi uma super festa com todos os tipos de bola, tinha até aquelas bolas de gás hélio! Claro que as minhas lembranças se resumem a fotos, mas o mais interessante estava em minha mãe e mãe de muita gente, Marly Chagas.


Festa da minha irmã Paula. Eu ainda na barriga.




Eu cresci morando em uma vila cheio de crianças com personalidades e criações muito diferentes, ou seja, sempre estava saindo briga, além das que eram vítimas do que hoje é chamado de bullying. Minha mãe conseguia juntar todas as crianças no mesmo quintal e fazer as lendárias danças da laranja e da vassoura (que não é a do Molejo). Já imaginou aquela menina que se acha a mais linda do pedaço dançando com uma laranja colada na testa do menino gordão bobão? Nas festas lá de casa isso acontecia. E no mínimo sinal de desavença Tia Marly surgia das sombras e fazia algo antes mesmo da desavença acontecer. Não lembro de uma só briga em festas dos filhos da Tia Marly. Eu costumo dizer que tenho muitos irmãos adotivos, pois são inúmeros os amigos meus e dos meus irmãos que consideram minha mãe como uma mãe também.


Quais eram melhores, as do meu tempo ou as de agora? E como eram os aniversários quando seu avô era menino? Cada um no seu tempo, que sejamos felizes!

2 comentários:

Thierre Cardinelli disse...

Mto boa postagem, meu amigo!
A descrição que vc faz, os detalhes q vc destaca criam uma imagem quase perfeita q me lembram mto dos momentos de minha infância.
Sem dúvida, ainda acho q nossa geração se divertiu mais do que a desses jovens de hj, mas é como vc disse "Cada um no seu tempo, que sejamos felizes"

Marly disse...

Saudade! Muita mesmo!
Sentimentos elevados, integração, troca de carinho, respeito, família unida, prazer mesmo de estar bem juntinho uns aos outros, união de corações...
Você falou perfeito. Nem bolo para a criança cortar tem mais. Nem aquela horrorosa pergunta: “Prá quem você vai dar o primeiro pedaço? “
E as bolas coloridas no painel? As crianças vão embora e não tem o prazer de estourar nem uma bolinha. Que triste!
É válido? Sim, claro. A intenção das festas atuais são as melhores possíveis.
Mas, isso não me faz mudar de opinião.
Não podemos voltar o tempo. Mas, podemos guardar lembranças maravilhosas , que nos fazem sentir a felicidade de ter participado de momentos em que muitas crianças foram felizes.
Obrigada pela viagem no túnel do tempo.