sábado, 4 de junho de 2011

O terçol

E mais um terçol! O quarto em três meses! Na primeira vez veio um bem fraco no olho esquerdo e logo depois passou para um forte no olho direito. Fui ao médico, ele passou um tratamento e disse que se depois de uma semana já estivesse visualmente normal eu não precisaria mais me preocupar. Dito e feito, estava curado. No mês seguinte mais um mega terçol no mesmo olho direito. Estava embarcado e fiz o tratamento com o colírio que tinha a bordo, devidamente autorizado pelo meu médico.

Pois bem, na quarta feira meu olho começou a incomodar quando eu piscava e lá vai mais um terçol. Procurei o médico com quem vinha tratando e descobri que ele estava em viagem e só voltaria na semana que vem. Fui a outro médico, contei minha história e ouvi que ele teria me mandado voltar ao consultório depois de uma semana para analisar o olho, pois provavelmente algo não cicatrizou como deveria e eu nas minhas crises de rinite alérgica cocei o olho e permiti que alguma bactéria ali se alojasse. Estou novamente com um dos olhos de forma que me lembra o Quasimodo.

Quasimodo


Este é o terçol que mais incômodo está dando, pois além da dor quando pisco, o colírio receitado arde e muito quando eu pingo. Contudo, percebo uma coisa que já tinha percebido nos outros terçóis. É só andar na rua sem óculos escuros para ter vários olhares curiosos para o seu rosto. E eu só tenho um terçol! Existe um senhor na vizinhança que tem um caroço enorme embaixo da nuca, o que o faz também parecido com o Quasimodo. Se combinássemos nossas deficiências teríamos o Quasimodo perfeito. Porém minha deficiência estará extinta semana que vem enquanto a dele provavelmente só estará extinta quando os vermes comerem seu corpo.


Imagino o quanto este senhor já deve ter passado por conta de sua deficiência, até mesmo por não ser uma tão comum de se ver. É realmente chocante quando se vê pela primeira vez, mas sempre que o vejo ele está conversando normalmente com alguém ou lendo as manchetes dos jornais como todos nós. Ele teoricamente teria os motivos para não querer ser visto por ninguém por se achar uma aberração e está lutando contra tudo isso para levar uma vida normal. Quantas vezes fizemos birra, ficamos tristes e tivemos vontade de não fazer mais nada por coisas tão menores?

4 comentários:

Anônimo disse...

É verdade ele ja deve ter passado por muitos olhares, mas mesmo assim tenta levar a vida da melhor maneira possível, para que não se lembre disso a todo o instante, em que vê olhares a sua direção.

Anônimo disse...

Terçol é uma droga, todo mundo olha mesmo, e ainda tem os comentários de "nossa, mas você já foi no médico?" ... mas enfim, isso uma hora passa! As pessoas sempre olharão pro incomum, mas cada um é que sabe o que acontece dentro de si!

Marly disse...

Hoje eu vi um menino de uns 8 anos, sem uma das pernas, com uma moleta, andando na rua. Parecia feliz.
Me senti um caco.
Por que não valorizamos, como deveríamos, o que temos em nossa caminhada?
O terçol, o caroço na nuca, a falta da perna, a cegueira, a surdez, o câncer..., tudo para a busca de nossas verdades e aceitação de quem somos nesse corpo, em busca do aprendizado do Verdadeiro Amor.
Procuremos levar nossas dores com nossa fé mais fortalecida, em agradecimento a Deus pela vida.
Difícil é, mas, não impossível.

joaoluizr disse...

BRUNO!!!!
Terçol aparece quando se nega algo para uma grávida!!!

Acho que deve ter acendido uma lâmpada na sua cabeça neste momento!!!

kkkk

Abraço do amigo João (SEMAV)